Todos os dias sofremos uma grande exposição aos barulhos normaisda cidade, com carros, sirenes, conversas, multidões e até mesmo nos momentos que estamos em casa, com o volum alto do celular nas redes sociais e da televisão, ou seja, passamos todos os dias e o dia inteiro, causando fadiga no ouvido. Essa fadiga pode trazer prejuízos não só para o ouvido, mas também para a mente, causando estresse.
Para a Dra Ana Carolina Cassanti, otorrinolaringologista e especialista em ouvido na Clínica Dolci, a exposição até 80 decibéis é considerada tolerável para as pessoas, mas acima disso pode acarretar alguns problemas. “A exposição prologanda a sons altos e barulhos da cidade podem causar fadiga auditiva, que é quando o indivíduo tem uma perda temporária da audição. Este problema pode ser percebido por meio de alguns sintomas, como dor de cabeça, zumbido e sensação de ouvido entupido” comentou.
Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, 10% da população mundial está constantemente exposta os níveis de pressão sonora que podem provocar perda de audição, sendo que os ruídos das cidades estão atribuídos a 30% desses casos. Já outro dado da organização mostra que cerca de 1,1 bilhão de jovens, entre 12 e 35 anos, correm o risco de sofrer déficit auditivo por conta da exposição a sons altos
O excesso de ruídos pode fazer com que a pessoa comece a ouvir zumbido, normalmente esse zumbido é acompanhado de tontura, dor de cabeça, febre, perda de equilíbrio e perda auditiva. “O zumbido pode ser indício de alguma patologia, por isso é recomendado consultar um especialista o quanto antes, para prevenir futuros problemas à saúde” explicou Cassanti “Cerca de 25 a 28 milhões de brasileiros sofrem com zumbido por ano e muitos não procuram ajuda e ficam esperando que o tempo cure o problema, o que em alguns casos podem ser graves” completou.
O zumbido pode estar associado a diversos fatores, não só aos ruídos. Por conta disso, o diagnóstico é feito por exclusão, com auxílio de um exame de audiometria. Ao descobrir a causa do zumbido o otorrinolaringologista responsável poderá solucionar o problema, ou se necessário, encaminhar o paciente para outro especialista, como fonoaudiólogo, dentista e cardiologista, que darão continuidade ao tratamento.
