Sinusite (Rinossinusite)

O termo mais correto hoje em dia é rinossinusite, ao invés de sinusite. Isto porque, em praticamente todos os casos, encontramos também acometimento da cavidade nasal, e não apenas dos seios da face. A porcentagem da população acometida por rinossinusite é bastante elevada, porém difícil de ser adequadamente estabelecida porque boa parte dos casos causam poucos sintomas e resolvem espontaneamente, não levando o paciente a procurar assistência médica.

A rinossinusite é caracterizada por uma inflamação da mucosa (“pele” que reveste a porção interna do nariz e os seios da face), caracterizada pelos seguintes sintomas:

  • Nariz entupido (congestionado) e secreção nasal
  • Sensação de dor nos dentes superiores
  • Dor/pressão na face
  • Diminuição do olfato
  • Secreção dentro do nariz identificada por exame de nasofibrolaringoscopia

Os principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento de sinusite são: ambientais (infecções virais, bacterianas, fúngicas, alergia, asma e poluição), alterações anatômicas no nariz (desvio do septo nasal, aumento das conchas nasais médias, dente incluso dentro do seio da face) ou alterações gerais/sistêmicas do paciente (alterações genéticas, imunodeficiência e distúrbios endocrinológicos).

As rinossinusites são classificadas basicamente em: agudas, recorrentes ou crônicas.

Rinossinusites agudas: duração de até 12 semanas. Em 90% dos casos, são precedidas por quadros virais (gripes, resfriados), que acabam evoluindo após alguns dias para um quadro bacteriano. O diagnóstico é realizado através da história e exame físico, com avaliação do nariz e da região que comunica o nariz com os seios da face (pode ser utilizado a nasofibrolaringoscopia). O tratamento é feito com uso de antibióticos (nos casos bacterianos), medicações nasais e eventualmente anti-inflamatórios.

Rinossinusites recorrentes: quando o paciente apresenta 4 ou mais episódios de rinossinusite aguda (bem documentados) em 1 ano, com ausência de sintomas/queixas entre estes episódios. O diagnóstico é realizado com acompanhamento do paciente, consultas periódicas e exames complementares (nasofibrolaringoscopia e tomografia computadorizada). O tratamento varia para cada paciente e de acordo com a intensidade das crises. O importante é a pesquisa dos fatores predisponentes destas crises, como alterações anatômicas ou alergias. Desta forma, o tratamento varia de medicamentos até cirurgias.

Rinossinusites crônicas: duração maior do que 12 semanas, sem resolução completa dos sintomas. Pode ainda ser subdividida em rinossinusite crônica com pólipos e rinossinusite crônica sem pólipos. É uma doença causada por diversos fatores (multifatorial) e que é caracterizada por uma inflamação da mucosa da cavidade nasal e seios da face. O diagóstico é realizado através da história clínica, exame físico e exames complementares (nasofibrolaringoscopia e tomografia). O tratamento envolve uso de medicações locais (anti-inflamatórios nasais), medicações via oral (anti-inflamatórios e antibióticos), ou a realização de cirurgia (cirurgia endoscópica nasal).

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